sexta-feira, 5 de julho de 2013

Hipoclorito de sódio e amónia - mistura EXPLOSIVA II


Amónia ou amoníaco

 

A amónia ou amoníaco (NH3) é uma molécula formada por um átomo de nitrogénio ligado a três de hidrogénio. É obtida por um processo famoso chamado Haber-Bosch que consiste em reagir nitrogénio e hidrogénio em quantidades estequiométricas em elevada temperatura e pressão. É o processo de obtenção de amónia mais utilizado hoje em dia. Esse processo leva o nome dos seus desenvolvedores Fritz Haber e Carl Bosch. À temperatura ambiente e pressão atmosférica, a amónia é um gás incolor, tóxico e corrosivo na presença de humidade, o que o torna altamente perigoso em caso de inalação. É também inflamável, de um odor muito irritante (em concentrações não muito elevadas, tem semelhança ao odor de urina) e solúvel em água. Transporta-se esse gás na sua forma liquefeita dentro de cilindros de aço sob muita pressão.

É utilizado em compostos de agentes refrigerantes, na preparação de fertilizantes como nitrato de amónia, superfosfatos e nitrogenantes que são soluções de amónia e nitrato de amónia, sais de amónia e ureia. Na indústria petroquímica este composto é utilizado como base para neutralizar ácidos provenientes do óleo cru (crude) a fim de proteger da corrosão os equipamentos pelos quais este óleo vai passar. Largamente utilizada para a extração de metais como cobre, níquel e molibdénio dos seus respetivos minérios.

Como já foi dito, a amónia pode ser um gás muito tóxico se inalado e/ou ingerido. Causando grande irritação nas vias respiratórias, boca, garganta e estômago. A inalação pode causar dificuldades respiratórias e inflamação aguda do sistema respiratório. Mas com a utilização de máscaras apropriadas para gases e atenção a qualquer vazamento, a amónia pode ser usada tranquilamente.

Outros nomes: Nitreto de Hidrogénio; Spirit of Hartshorn; Nitro-Sil; Vaporole

Características físico-químicas:

Características físico-químicas:

Fórmula molecular
NH3
Massa molecular
17.0306 g/mol
Aparência
Gás incolor com forte odor pungente
Densidade
0.6942; 0,639 kg·m−3 (líquido a 0 °C, 4,294 bar)
Ponto de fusão
−77,7 °C
Ponto de ebulição
−33 °C
Solubilidade em água
541 g·l−1 (20 °C)
Risco associado
Tóxico, cáustico, corrosivo
pH
11

Uso/aplicações:

Muito usado em ciclos de compressão (refrigeração) devido ao seu elevado calor de vaporização e temperatura crítica. Também é utilizado em processos de absorção em combinação com a água.

A amónia e seus derivados ureia, nitrato de amónio e outros são usados na agricultura como fertilizantes. Também é componente de vários produtos de limpeza. Outro produto importante derivado da amónia é o ácido nítrico.

Sal quaternário de amónia


 

Os catiões quaternários de amónia são iões poliatómicos carregados positivamente e com a estrutura NR4+, sendo R qualquer radical alquila. Ao contrário do próprio ião amónio NH4+ e dos catiões amónia primária, secundário e terciário, os catiões quaternários de amónia ficam carregados eletricamente de forma permanente, qualquer que seja o pH do meio. Os catiões quaternários de amónia são sintetizados através da alquilação completa da amónia ou outras aminas.

Os sais quaternários de amónia, sais de amónio quaternário ou compostos quaternários de amónio são sais de catiões quaternários de amónio com um anião. São usados como desinfetantes, surfatantes, amaciadores de tecido, agentes antiestáticos (ex.: em champôs e condicionadores de cabelos) e catalisadores de transferência de fase. Nos amaciadores de roupa líquidos, são geralmente usados os sais de cloreto (exemplos: cloreto de cetil dimetil amónio) ou os de sulfato de metila.

Compostos quaternários de amónia

Aplicação:

desinfetante de baixo nível muito utilizado como desinfetante de superfícies, no passado e ainda como antissético.

Ação:

desnaturação das proteínas celulares essenciais e rutura da membrana celular.

Espetro de ação:

fungicidas, bactericidas, algicidas e neutralizadores de vírus lipofílicos. Não são tuberculocidas ou agem contra vírus hidrofílicos.

Hoje existem algumas resistências ao seu uso por parte dos Serviços de Controlo de Infecção pela publicação de alguns artigos relatando a contaminação das soluções. Além disto, pela contra-indicação pelos Centros para controlo de doenças face à ocorrência de surtos relacionados com o seu uso como antissético.

Inativados por tensoativos, resíduos aniónicos e proteínas. Algumas formulações são inativadas por água dura.

Baixo nível de toxicidade direta, mas poluente ambiental.

Os compostos quaternários de amónia constituem um excelente sanitizante de áreas de processamento de alimentos, hospitalares e balneáreas. De custo baixo e sem grandes efeitos tóxicos constitui, no entanto, um risco ambiental considerável uma vez que a amónia é extremamente agressiva em meio húmido.

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