quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Remoção de manchas em pedra natural


Parte 2- Remoção de manchas

É muito frequente proprietários de imóveis solicitarem os nossos serviços porque a pedra está manchada e a escurecer, a perder o brilho, etc…

Na maior parte dos casos a hidrofugação é a solução que falta ou precisa ser refeita. Mas não vamos hidrofugar uma pedra ou mosaico hidráulico manchado! A remoção das manchas é a primeira linha de ação. Mas como fazê-lo? 

Existem algumas receitas para a remoção de manchas, algumas à venda já preparadas, outras para preparar antes da aplicação. No entanto, é fácil e barato fazer em casa.
Vejamos: o que se pretende? Remover gorduras impregnadas na estrutura cimentícia da pedra ou/e remover manchas de líquidos pigmentados, como vinho, por exemplo. Estas substâncias penetraram nos poros e preencheram-nos. Normalmente permanecem por longos períodos de tempo, pois geralmente não damos pela ocorrência logo após acontecer. Em casos extremos, a contaminação permanece durante meses e anos!

Portanto, tratando-se de matéria orgânica precisaremos de algo que a desagregue e oxide e, no processo, a puxe para fora dos poros. 

Uma das fórmulas consiste em fazer uma cataplasma com pó de talco e peróxido de hidrogénio a 20 ou 40% de volume. Não esquecer de usar luvas! Num copo ou taça colocar pó de talco e, em seguida, derramar o peróxido de hidrogénio, mexendo, até forma uma espécie de lama. Com água morna ou um produto de limpeza de pH neutro, limpar os resíduos em repouso sobre a superfície a limpar. Em seguida aplicar a cataplasma com uma espátula ou colher sobre a mancha. A aplicação deve ficar com 6 mm ou mais de espessura e deve exceder os limites da mancha no mesmo valor. Feito isto, aplicar uma película de plástico sobre a cataplasma. Pode ser película aderente, por exemplo. Pressionar nos limites para eliminar o ar em torno da cataplasma. Se necessário, fixar as margens com fita-cola, mas preferencialmente evitar. Deixar repousar por 24 horas. Remover a película. Se a cataplasma não estiver ainda seca, novamente em pó, deixar secar até que fique seca. Depois, remover com espátula, limpar os restos com água e um pano e…já está! Se necessário, repetir o processo até à remoção da mancha. 

Em alguns casos pode não ser possível a remoção integral da mancha, especialmente se esta já persiste há meses ou anos. Mas, seguramente, o resultado final será sempre um aspeto renovado da pedra ou mosaico. 

Vejamos agora passo a passo: 



Nesta demonstração foi aplicado molho de soja sobre uma amostra de granito e queijo em pasta sobre uma amostra de mármore. Deixou-se repousar por 3 horas. A observação da imagem permite ver a aureola formada em torno do contaminante. Resulta da penetração por radicularização, ou seja, pela penetração nos poros e capilares da pedra nos sentidos vertical e horizontal.

1- Limpeza dos excedentes não impregnados:
Com um papel de cozinha, por exemplo, remover os excedentes do mármore. Quando se trate de substância com cor, como no nosso caso, molho de soja, borrifar um soluto de limpeza de pH neutro para emulsionar e remover com papel de cozinha.





















Desta forma os contaminantes impregnados nas porosidades da pedra ficam expostos à aplicação da cataplasma e ao sucesso da sua remoção:

Mancha de gordura resultante da infiltração nos poros e capilares

Mancha de infiltração de líquido pigmentado, no caso molho de soja

2- Aplicação da cataplasma

2.1- Preparação da cataplasma

No mármore exemplificaremos com uma cataplasma já pronto a aplicar que pode ser adquirido em lojas da especialidade ou adquirido online. No granito exemplificaremos a preparação e aplicação de uma cataplasma caseira. No caso, água oxigenada a 40% de volume e pó de talco. Em vez de pó de talco pode ser usado bicarbonato de sódio. 

2.2- Aplicação
 Com uma colher remover uma porção de cataplasma e aplicar sobre a mancha.








Importante: deve ter pelo menos 6 mm de espessura e exceder os limites da mancha em 6 mm.







Cataplasma caseira:

Ingredientes:

bicarbonato de sódio ou pó de talco
Peróxido de hidrogénio a 20% ou 40% de volume
Num copo ou taça misturar os dois ingredientes muito bem de forma a formar uma pasta com a textura de lama. Aplicar pelo mesmo processo.



2.2- Cobrir a cataplasma

Com um pedaço de plástico ou película aderente proceder à cobertura da cataplasma. Pode fazer uns pequenos furos no plástico para permitir a evaporação da água, mas não é obrigatório.




Certifique-se a ausência de ar entre o plástico e a cataplasma. Pressione o plástico em torno dos limites da cataplasma para que adira e sele a aplicação.

Finalmente, querendo, pode fixar as margens do plástico com uma fita. Tenha cuidado na seleção da fita pois pode deixar resíduos de cola difíceis de remover. Pessoalmente, não uso fita a menos que exista o risco de dispersão da cataplasma por inadvertida ação humana.


3- Deixar atuar 24 horas


Depois de cobrir com plástico ou película aderente deixar repousar 24 horas. No nosso exemplo a cataplasma do mármore não está coberta mas deve fazê-lo. Esse procedimento assegura que a cataplasma não seca prematuramente antes de extrair todos os resíduos impregnados. A ação deve ser intencionalmente lenta para que as reações químicas se processem. Nada deve ser apressado. O tempo é fulcral para um bom resultado.

4- Deixar repousar 24 horas


Passadas as 24 horas remover a película. É provável que a cataplasma não esteja ainda totalmente seca. É absolutamente necessário deixá-la secar muito bem. Portanto, deixar em repouso mais 24 horas. 

5- Remover a cataplasma



Com o auxílio de uma lâmina de raspador ou espátula sem rombos, remover a cataplasma, já seca. Pode constatar-se que já está em pó e se desfaz conforme se remove. É bom sinal!

6- Limpar a superfície


Com um soluto de limpeza de pH neutro borrifar a superfície tratada e remover com papel absorvente ou pano microfibra.
Se tudo correu bem, o aspeto final da superfície deverá ser este: 



Um resultado irrepreensível! Tanto o mármore como o granito recuperaram o seu aspeto natural. Se, por algum motivo, ainda restar algum vestígio da mancha, repetir todo o processo. O tempo durante o qual os contaminantes permaneceram impregnados na estrutura da pedra é determinante para o número de vezes que o processo terá de ser repetido. 

Não existem atalhos. O procedimento é este, os resultados são os que apresentamos!

Posteriormente, pode ser necessário um polimento. Alguns contaminantes têm pH ácido e afetam a estrutura superficial da pedra. Nestes casos, embora a nódoa tenha sido eliminada o brilho não é recuperado. É aí que entramos nós para recuperar o brilho do seu pavimento ou balcão. 

Para qualquer esclarecimento não hesite em nos contactar. Informamos das várias possibilidades a seguir, orçamentamos sem custo ou compromisso. E executaremos com profissionalismo a recuperação das suas superfícies!







segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Remoção de manchas em pedra natural

Parte 1
Porosidade e tratamento



Um dos problemas que nos são colocados com frequência prende-se com as manchas que vão aparecendo na pedra natural e nos materiais cimentícios. Neste artigo abordaremos esta problemática, apontando soluções que podem ser usadas em casa. Mas primeiro vamos tentar perceber porque mancham as pedras naturais.

Porque mancham as pedras naturais 

Tipos de rochas

No artigo anterior mencionámos o ciclo da formação das rochas. Antes de continuar, talvez fosse boa ideia ler esse artigo para melhor compreender o que iremos falar em seguida. Em suma, as rochas naturais formam-se por meios vulcânicos, por metamorfose e por sedimentação. No primeiro caso, o magma expelido ou no interior de bolsas na crosta terrestre ou do manto arrefece com maior ou menor velocidade dependendo da sua exposição aos elementos. Os minerais que a constituem consistem em corpos naturais sólidos e cristalinos formados em resultado da interação de processos físico-químicos nestes ambientes geológicos. 

Cada mineral é classificado e denominado não apenas com base na sua composição química, mas também na estrutura cristalina dos materiais que o compõem. Em resultado dessa distinção, materiais com a mesma composição química podem constituir minerais totalmente distintos em resultado de meras diferenças estruturais na forma como os seus átomos ou moléculas se arranjam espacialmente como, por exemplo, o carbono e o diamante. Resumindo, e em linguagem mais compreensível: minerais são cristais, sejam eles sais ou silicatos, elemento principal da constituição das rochas naturais.

Geod
Geod de ametista
O arrefecimento lento no interior da crosta terrestre produz cristais de maior dimensão, porque o realinhamento molecular dá-se de forma mais lenta. Na imagem podemos observar um geod. Geod é uma rocha em forma de bolha. No seu interior ficaram aprisionados gases quentes originados por atividade vulcânica ou magmática. O arrefecimento lento no interior do magma percutiu a produção de cristais de grande dimensão;

o arrefecimento mais rápido no exterior produz uma cristalização de menor dimensão pois esses realinhamentos não têm tempo de se dar.  É o caso da maioria dos granitos. Mesmo nestes é possível discernir granulometrias cristalinas muito distintas.




As rochas metamórficas resultam das mutações e realinhamentos dos cristalinos em resultado de pressões e temperaturas elevadas no interior da crosta. Os mármores e os xistos são rochas metamórficas, as primeiras de composição complexa variável, a segunda de mono mineral, resultando em alinhamentos diferenciados das moléculas ou cristais no primeiro caso e alinhamento unidirecional no segundo.

No mármore é possível distinguir uma complexa organização multidirecional dos cristais.














No xisto a sua aparência sugere um linhamento unidirecional dos cristais.














As rochas sedimentares são formadas por processos de litificação, resultam de depósitos massivos de sedimentos minerais e orgânicos (cálcio) no fundo de lagos ou oceanos que com a pressão e as movimentações da crosta vão consolidando, formando uma rocha.









Todas as rochas destes três grandes grupos têm graus diferentes de porosidade. 

Porosidade

Porosidade e permeabilidade são propriedades da pedra natural que resultam, como vimos, de processos geológicos. Na ausência destas propriedades, a aparência do ónix, granito, mármore, quartzite e outras pedras naturais seria completamente distinta e talvez não fossem visualmente tão apelativas.

Em suma, porosidade refere-se aos espaços vazios em superfícies. A porosidade pode ser medida de várias formas, e pode ser expressa como uma percentagem ou como uma fração entre 0 e 1. Alguns tipos de pedra natural são mais porosos que outros. Por exemplo, a pedra calcária é muito porosa quando comparada com a quartzite, e o granito é menos poroso que o mármore. Para entender melhor a porosidade natural do granito é útil compreender o seguinte: 

1-Granito é uma rocha vulcânica

A composição base do granito inclui quartzo, mica e feldspato, entre outros minerais em menor escala. No seio da crosta Terrestre, o granito forma-se a grandes profundidades sob as camadas sedimentares, mas ascende eventualmente para perto da superfície e pode ser extraído em pedreiras em regiões montanhosas que são orogénicas por natureza, ou seja estão muito acima do leito marítimo. O granito é também metamórfico, o que significa que passa por alterações causadas por reações químicas que estão na génese da sua ascensão à superfície através de fendas na crosta antes dos processos de assentamento e posicionamento. Todas as rochas vulcânicas (também designadas por: ígneas ou magmáticas) são porosas e o granito não constitui exceção. 

2-O granito é menos poroso que o mármore

Cada poro na superfície de lajes de granito é considerado um vazio microscópico. A dimensão destes ínfimos veios, em conjunto com a sua contagem por área de superfície, determina o nível de porosidade. Como mencionado acima, o granito é de origem vulcânica, o que faz com que seja menos poroso que rochas sedimentares, como a pedra calcária, o travertino, o moleanos, etc… No caso do mármore, que é metamórfico bem como sedimentário, a porosidade pode ser significativamente mais alta por comparação com o granito, num rácio de até 2%. A maioria dos blocos de granito apresentam rácios de porosidade entre 0,4 a 1,5 porcento. 

3- As rochas sedimentares são as mais porosas

Acima mencionámos que o mármore é uma rocha metamórfica e sedimentar. A explicação desta
afirmação está na formação do granito. De facto, o mármore é formado a partir de rocha sedimentar que, pela movimentação das placas tectónicas, penetra na crosta terrestre (subdução) a grandes profundidades e, pela sujeição a pressões intensas e temperaturas elevadas, sofre uma redistribuição e combinação dos cristais originando uma rocha nova, que pelos mesmos processos, mas no sentido ascendente, aflora à superfície ou perto dela e pode ser extraída em pedreiras.

Feita esta explicação, vejamos como se formam as rochas sedimentares (ou detríticas): em geral são formadas por deposição de detritos e sedimentos provenientes da erosão de rochas-mãe e detritos orgânicos, cascas de bivalves entre outros animais com exoesqueleto, e cianobactérias, que são arrastados por força de correntes fluviais, por glaciares ou correntes marítimas para áreas de maior profundidade do leito fluvial ou marítimo, em geral coincidentes com as limites das placas tectónicas. Esta deposição continuada ao longo de milhões de anos forma mantos de grande espessura que se vão consolidando por um fenómeno designado de litificação. 

Estas rochas são constituídas por vários elementos: 

os balastros: detritos de maior dimensão que podem ser seixos, por exemplo;
areias: detritos de menor dimensão, provenientes de erosão de elementos maiores como os balastros, por exemplo;
siltes: partículas de dimensão diminuta (entre 1/16 e 1/256 mm); 
argilas: materiais de dimensões reduzidas (inferiores a 1/256 mm), finos e pulverulentos, onde predominam os chamados minerais de argila.

As diversas combinações destes materiais determinam o tipo de rocha, a sua porosidade e aspeto. 

4-Rochas calcárias

Os calcários, na maioria das vezes, são formados pela acumulação de organismos inferiores (por exemplo, cianobactérias) ou precipitação de carbonato de cálcio na forma de bicarbonato, principalmente em meio marinho. Também podem ser encontrados em rios, lagos e no subsolo (cavernas).

No caso do calcário quimiogénico, a formação é em meio marinho: a calcite (CaCO3), é um mineral que se pode formar a partir de sedimentos químicos, nomeadamente iões de cálcio e bicarbonato. Isto acontece quando os meios marinhos sofrem perda de dióxido de carbono (devido a forte ondulação, ao aumento da temperatura ou à diminuição da pressão). Deste modo, para que os níveis de dióxido de carbono que se perdeu sejam repostos, o equilíbrio químico passa a tender no sentido de formação de CO2, o que leva a formação de calcite e precipitação desta que, mais tarde, depois de intensa deposição e de diagénese dá origem ao calcário.

A porosidade deste tipo de rochas varia entre os 3 a 7 porcento da sua superfície.

Muito mais haveria a dizer sobre a porosidade das rochas. Porém, foge do âmbito deste artigo. Para que fique uma ideia da porosidade das diversas rochas vejamos a seguinte tabela: 

Outro conceito que é útil compreender no âmbito deste artigo é a permeabilidade das rochas. Podendo aparentemente parecer semelhante à porosidade, há uma distinção:

Permeabilidade é um conceito relacionado com a porosidade, mas não é a mesma coisa. Permeabilidade é a capacidade que um dado material tem para transmitir fluidos. Os fluidos são transmitidos por poros e capilaridades, neste caso da rocha.

Portanto, se um material é poroso e permeável, tem maior capacidade de absorver líquidos que outros materiais. Isto pode ser bom para a pedra em alguns aspetos: os pequenos poros são excelentes na filtração da água! Mas não é bom quando o tampo da bancada da sua cozinha ou o seu pavimento está a absorver água e líquidos acídicos, que podem enfraquecer ou dissolver a pedra em questão e originar fragmentação ou quebra! Já para não falar nas terríveis manchas resultantes! 

Como vimos, o granito é muito pouco poroso (ver tabela acima) quando comparado com outros materiais, no entanto tem porosidade suficiente para absorver líquidos. As pedras calcárias e arenitos são altamente porosos e absorvem líquidos com grande rapidez, e são muito fáceis de riscar e de desgastar em contacto com ácidos. O mármore é, também, bastante poroso, embora menos que as pedras sedimentares. As manchas são um grande problema a enfrentar nestes materiais, especialmente resultantes de líquidos com pigmento, como os vinhos tintos. Uma grande mancha vermelha é algo que pretenderá seguramente evitar no seu pavimento ou tampo de mármore branco!

Proteger os poros e capilaridades

Como proteger pavimentos, tampos e capeamentos? Usando hidrofugantes. Noutro artigo já abordámos esta temática. Fica claro que é primordial a hidrofugação de tampos e lajes de pedra natural para que os poros sejam fechados, criando uma barreira que previne a absorção de líquidos e partículas de alimentos, bem como de manchas e de riscos e sulcos. Existem muitos hidrofugantes disponíveis no Mercado, mas todos se enquadram em duas categorias:

Hidrofugantes tópicos:

-Assentam na superfície de contacto da pedra, prevenindo a penetração de líquidos e partículas de alimentos.
-Imprimem, em geral, brilho, com maior ou menor intensidade e podem alterar a cor da pedra ou escurecer.
-Previnem os riscos na superfície da pedra, no entanto os hidrofugantes suportam todos estes danos. O tratamento pode ser recuperado pela decapagem e nova aplicação. Previnem as manchas e nódoas.
-Podem prender humidade no seio da pedra, pois este tipo de hidrofugantes não permite a transpiração.
-Desgaste rápido, dependendo da intensidade e tipo de tráfego na superfície. Podem ter de ser reforçados cada 6 meses a 1 ano.
-São mais adequados para pedras porosas e moles tipo calcários e arenitos.

Hidrofugantes impregnantes:

-Penetram na estrutura da pedra e preenchem os poros no interior da pedra.
-Previnem a penetração de líquidos e a sua absorção para o interior da pedra.
-Não afetam a cor da pedra.
-Não protegem a superfície de contacto de riscos e sulcos.
-Não aprisionam a humidade no interior da pedra, permitem a “transpiração” da pedra.
-Em geral, mais dispendiosos que os tópicos.
-Formam uma ligação química mais ou menos permanente com a pedra que pode durar por anos. Não necessitam ser aplicados com frequência, principalmente os de base em silicatos.

Hidrofugantes tópicos e impregnantes podem ser usados em combinação, embora seja importante reforçar que os hidrofugantes tópicos têm de ser reaplicados regularmente para serem eficazes. Para testar a efetividade do tratamento, deixe cair umas gotas de água sobre a superfície tratada e aguarde alguns segundos. Se a água for absorvida é necessária nova hidrofugação. Se a água se mantiver coesa na superfície, o tratamento está completo. 

Poros e capilaridades são elementos integrantes de todas as pedras naturais e é preciso estar consciente que é fulcral serem fechados para proteger a integridade estrutural do seu pavimento, capeamento ou tampo.  Hidrofugação não é negociável e é algo que se pode fácil e rapidamente fazer em casa. 

Se não se sentir seguro sobre que hidrofugação fazer, que hidrofugante escolher, recorra a profissionais para o fazer. Para isso pode contar com a Blueish Green! Contacte-nos!


terça-feira, 12 de novembro de 2019

Sobre limpezas profundas em pavimentos de pedra

A crosta terrestre possui várias camadas compostas por três grandes grupos de rochas que são formadas pela mistura de diferentes materiais. Essas rochas podem ser magmáticas, também chamadas de ígneas, sedimentares ou metamórficas.

Rochas magmáticas ou ígneas

As rochas magmáticas ou ígneas (ígneo vem do latim e significa "fogo") são originadas do interior da Terra, onde são fundidas em altíssima temperatura. Nas erupções de vulcões, essas rochas são lançadas do interior da Terra, para a superfície em forma fundida (magma). Sofrem, então, arrefecimento rápido e solidificam. Outras vezes, ficam nas proximidades da superfície, onde arrefecem lentamente e, também, se solidificam, formando cristais maiores (ex. granito).

Rochas sedimentares

Esse tipo de rocha é chamada rocha sedimentar por ser formada a partir de mudanças ocorridas noutras rochas. Chuva, vento, água dos rios, ondas do mar: tudo isso vai, aos poucos, fragmentando as rochas em grãos de minerais. Pouco a pouco, ao longo de milhares de anos, até o granito mais sólido se transforma em pequenos fragmentos. Esse processo é designado por erosão. Esses fragmentos de rochas são transportados pelos ventos ou pela água da chuva até aos rios, que, por sua vez, os levam para o fundo de lagos e oceanos. Aí os fragmentos vão-se depositando em camadas. É assim que se formam, por exemplo, terrenos cobertos de areia, como as praias.

Esses fragmentos ou sedimentos vão-se acumulando ao longo do tempo. As camadas de cima exercem pressão sobre as camadas de baixo, compactando-as. Essa pressão acaba por agrupar e cimentar os fragmentos e endurece a massa formada. É assim que surgem as rochas sedimentares. Tudo isso leva milhões de anos. Este processo é designado por litificação.

É por este processo que a areia da praia se transforma lentamente em rocha sedimentar chamada arenito. Sedimentos de argila transformam-se em argilito.

As camadas vão cobrindo também restos de plantas e animais arrastados por processo semelhante, entre outros, para os leitos de lagos e oceanos. Por isso é muito comum encontrar restos ou marcas de animais e plantas em rochas sedimentares: o animal ou planta morre e é coberto por milhares de grãos de minerais. Afloramentos calcários consistiram Há milhões de anos em fundos de rios, lagos ou mares onde, pela ação das correntes, se foram depositando detritos, sedimentos e cascas de crustáceos, moluscos, etc. 

O calcário

A acumulação de esqueletos, conchas e carapaças de animais aquáticos ricos em carbonatos de cálcio, que é um tipo de sal, pode formar outra variedade de rocha sedimentar, o calcário. 

Rochas metamórficas

O mármore é uma rocha formada a partir de outra rocha, o calcário. É um exemplo de rocha metamórfica. As rochas metamórficas são assim designadas porque são originadas pela transformação de rochas magmáticas ou sedimentares por processos que alteram a organização dos átomos dos seus minerais. Surge, então, uma nova rocha, com outras propriedades e, às vezes, com outros minerais. Muitas rochas metamórficas são formadas quando rochas de outro tipo são submetidas a intensas pressões ou elevadas temperaturas. Quando, por exemplo, por mudanças ocorridas na crosta, uma rocha magmática é empurrada para regiões mais profundas e de maior pressão e temperatura, alterando a organização dos minerais. O xisto é um bom exemplo de rocha metamórfica de origem magmática. É fundamentalmente formada por barros expelidos por erupções que posteriormente, por ação das movimentações da crosta, foram sujeitos a elevadas pressões e temperaturas, modificando a constituição e alinhamento molecular. Ao contrário dos mármores, é uma rocha mono mineral. 

A rocha Moca creme

Esta é uma rocha sedimentar, calcária, de cor bege, grosseiramente calciclástica e abundantemente bioclástica. Significa isto que na sua composição abundam fragmentos biológicos. É, portanto, uma rocha rica em carbonatos de cálcio na sua composição. São-no, aliás, todas as rochas sedimentares em graus variáveis de acordo com a volumetria dos sedimentos minerais e biológicos que as compõem. É extraída na região da Serra dos Candeeiros (maciço calcário Estremenho). É uma variedade de vidraço Moleanos, de cor creme, com grão fino e fundo uniforme. Pode apresentar uma superfície serrada a favor ou contra (onde apresenta vergada). Tem grau de dureza 3 na escala de Mohs. É considerada uma pedra mole”.
É a pedra calcária mais conhecida internacionalmente.

Características

No processo de litificação, a presença de abundantes resíduos biológicos que se decompõem com o tempo, associada ao facto da rocha ser também composta por sedimentos de outras rochas, deixa poros na rocha assim formada, frequentemente filiformes. Essa característica imprime uma grande capacidade de absorção de líquidos. Essa propriedade é chamada de porosidade que, nesta rocha se situa entre 7 a 11% da sua massa. 
Por ser uma rocha de origem sedimentar é, por natureza, menos densa que as dos outros dois tipos de rocha e menos resistente ao impacto, desgastando-se com bastante facilidade com o tempo e uso.

Aplicações

Apesar de ser aplicada como revestimento em pavimentos, a sua aplicação como tal não é recomendável. Destina-se, sobretudo, a acabamento de paredes ou peças de mobiliário. A aplicação como revestimento de pavimentos implica sérios riscos de danos pelo uso e por deficiente ciclo de manutenção. Em primeiro lugar, uma rocha com estas características deveria ser sempre protegida com um hidrofugante impregnante ou tapa-poros e/ou acabada por processos de recristalização – vulgo vitrificação ou, em alternativa, um hidrofugante com película (anti mancha). Infelizmente isso não acontece na grande maioria dos casos e os resultados são evidentes. Envelhecimento precoce da pedra, incrustações nos poros que são aumentados pelo uso, aplicação de hipocloritos de sódio na sua limpeza e de ácidos para eliminar incrustações. Quer os solutos altamente alcalinos quer os ácidos provocam danos nos ligamentos dos carbonatos de cálcio, desagregando-os e provocando erosão precoce da pedra. 

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Critalização, vulgo Vitificação


Consiste num método de criar brilho em pavimentos à base de cálcio (mármores, pedras calcárias e travertino). A cristalização tem sido usada desde a década de 60 do século passado com níveis de sucesso variáveis e persiste em ser um tópico controverso no seio dos profissionais de manutenção de pedra natural.

O que é a Cristalização, vulgo Vitrificação

Cristalização é um processo no qual a combinação de um pad de lã de aço em conjugação com a pressão do peso de uma máquina monodisco e uma solução ácida imprime brilho a pavimentos em pedra natural. Os ingredientes mais comuns dos químicos de cristalização são ácido, fluorosilicato de magnésio e água.

Nesta reação os sais de magnésio são depositados primariamente na superfície da pedra e removidos durante a primeira lavagem do pavimento depois do tratamento, e o fluorosilicato é ligado com o cálcio da camada subjacente da pedra, camada sobre a qual caminharemos, agora com a composição de fluorosilicato de cálcio (CaSiF6).

A superfície da pedra é quimicamente alterada e não há forma de reverter o processo. Esta nova superfície de contacto da pedra não é um revestimento, mas parte integrante da pedra. A única forma de remover a camada cristalizada é por ação mecânica tal como a abrasão adiamantada ou processos similares, igualmente abrasivos.

A camada resultante de fluorosilicato de cálcio formada na superfície da pedra é mais dura, mais brilhante, e mais resistente a manchas que a superfície original da pedra. Este é o princípio geral da cristalização.



                                     



O grande debate

Ambas as vertentes detêm argumentos convincentes. Se optar pela recristalização, como outro procedimento qualquer, é necessário um controlo rigoroso. O Marble Institute of America não condena nem endossa este processo.

O processo de cristalização consiste em borrifar um líquido sobre o mármore e polir com um pad de lã de aço com uma máquina de velocidade padrão 150 – 175 rpm. A lã de aço gera calor através da abrasão e o químico reage com o mármore, produzindo um novo composto na superfície da pedra.

Praticamente todos os químicos de cristalização contêm dois componentes principais: ácido e compostos de flourosilicato e, por vezes, ceras ou polímeros acrílicos.

A cristalização só reage com pedras à base de cálcio como mármores e pedras calcárias em geral. No entanto o processo pode resultar em pedras como granitos. As reações são totalmente distintas. Na reação química, o ácido ataca os carbonatos de cálcio da pedra, separando o carbono do cálcio, libertando dióxido de carbono. Os compostso de fluorosilicato ligam-se com os iões de cálcio, formando um composto novo designado fluorosilicato de cálcio.

Simplificando, o processo de cristalização opera pelo forçar a união de um ião de uma molécula com um de outra na matrix cimentícia que mantém os cristais coesos. É formada uma nova matriz cimentícia que pode ser mais dura que a original. A matriz nova e mais dura e a preexistente, mais suave formam duas camadas, e assim, uma camada de separação está presente no meio. 

Repare-se nesta reprodução (fonte: https://grahamhancock.com/jongjp1/):
Esta amostra revela duas regiões distintas, a camada superficial e o corpo da pedra. Está presente uma camada menos evidente intermédia entre as duas que consiste na transição do corpo da pedra para a camada superficial de contacto. 

Em muitas variedades de pedra, nomeadamente as que contêm elementos de carbono, este procedimento pode dar origem a laminação. Noutras, muitas pedras calcárias de baixa e média densidade, origina a fixação de ferro (proveniente da lã de aço) na composição química da pedra. Todas as pedras submetidas a este processo sofrem mudanças dramáticas na sua estrutura. Para que esta reação aconteça, tem de ser gerado calor friccional. É por este motivo que se usam discos de lã de aço na polidora.

Pads de lã de aço

O processo deve ser executado por operadores experimentados que estejam familiarizados com as técnicas deste procedimento. A presença de humidade excessiva na pedra pode prejudicar a reação da cristalização e causar problemas.

Os defensores deste procedimento afirmam que o novo composto formado na superfície da pedra a protege, imprime brilho, e pode inclusivamente endurecer a pedra, aumentando a resistência ao desgaste. Os oponentes afirmam que o novo composto formado bloqueia a capacidade da pedra para “respirar”, aprisiona a humidade, e causa o apodrecimento da pedra. É importante referir que existem muitas formulações distintas de cristalizadores que variam na sua química e desempenho. É imperativo identificar a pedra, objeto da intervenção, e selecionar a formulação mais adequada de cristalizador para alcançar o resultado desejado.


Pergunta: 

Qual a melhor forma de manter pavimentos em mármore ou terrazo polido?


Solução: 

Existem muitas opiniões, algumas divergentes, no que concerne este tema. No que concerne “o que é melhor”, ninguém pode, ou deve reclamar a melhor solução. Um dos métodos mais populares é a vitrificação. Mas antes de mergulharmos neste assunto, revejamos alguns tópicos:

. O primeiro produto cristalizador para manutenção de pavimentos marmoreados ou de terrazzo foi desenvolvido na década de 60 do século XX por Jorge Ryera More, detentor de uma empresa em Barcelona designada Coor & Kleever;

. O cristalizador Coor & Kleever não contém ceras e tem sido utilizado por décadas para manter pavimentos polidos em muitos dos mais sofisticados casinos, resorts, lares e edifícios públicos em todo o mundo;

. O processo é concebido como um procedimento seguro de manutenção para remoção de padrões de desgaste ligeiros criados por tráfego de calçado em pavimentos polidos; 


. Este resultado é conseguido pela alteração química de microns da superfície de contacto, de carbonatos de cálcio para fluorosilicatos de cálcio;


.Testes laboratoriais demonstraram que esta reação química cria um acabamento mais durável, permitindo que o polimento no mármore tenha maior duração sob o stress do tráfego intenso do calçado.


Em grande medida o sucesso que o processo de cristalização tem tido ao longo das décadas de utilização deve-se à facilidade de utilização e produção, por comparação com as metodologias alternativas de manutenção de superfícies em pedra. No entanto, só porque algo é fácil de fazer, não significa que detenha todo o mérito de ser o melhor processo. 


Dito isto, vamos abordar os prós e contras deste procedimento largamente utilizado. 

ONDE E QUANDO USAR
Para começar, não existe produto ou processo que se constitua o “melhor-que-tudo” para a manutenção de mármores e terrazzos polidos. A cristalização consiste apenas de um método, entre muitos, que pode ou não ser a seleção mais adequada, dependendo do pavimento, a sua composição, estado de conservação, idade, acabamento, dureza, etc. 

Obviamente, não se deve usar a cristalização numa superfície baça, não refletora. Este processo destina-se apenas a superfícies polidas. Em tais situações, se um acabamento de brilho intenso é o pretendido, deve primeiro ser polido e acabado com cristalização para obter tal resultado. 


Se o objetivo é a manutenção de grandes superfícies de mármore ou terrazzo polido com tráfego intenso, uma forma de excelência para o fazer, na maioria dos casos, é a cristalização.


Mantenha em mente que, atualmente, alguns cristalizadores contêm ceras. Isto pode criar um acumulado na superfície da pedra ao longo do tempo. Quando isto acontece, deve usar-se um detergente alcalino, recomendado profissionalmente, para a remoção deste acumulado, e depois, terá de usar abrasivos adiamantados para regularizar a superfície antes de retomar o programa de manutenção com cristalizador. 


Existem produtos cristalizadores que não contêm ceras. Os cristalizadores sem cera demorarão muito mais tempo a produzir acumulado. E quando ocorre deriva das reações químicas que abordámos anteriormente. 




Um programa de manutenção adequado não deve deixar margem a tais acumulados na superfície de contacto da pedra. Se começar a ver acumulado se usa um cristalizador sem cera, é porque está a tentar usar o químico de uma forma para a qual não foi concebido. 

A cristalização é um processo de manutenção, não de restauração. A utilização excessiva de um cristalizador sem ceras, permitindo que acumule na superfície, está a tentar usar o cristalizador para remoção de sulcos mais profundos na superfície que não são removíveis por este processo. Este tipo de danos deve ser removido por restauração do pavimento com abrasivos adiamantados.

Outro método popular de manutenção de pavimentos de mármore polidos é a utilização de compostos em pó ou pasta que contêm ácido oxálico ou oxalato de potássio, entre outros ingredientes. Por este meio tenta-se recriar o que acontece em unidades de processamento de pedra em todo o mundo. 

Estas unidades fazem o polimento do mármore numa linha de polimento, passando a pedra por uma sequência de abrasivos. O polimento final é produzido usando algo como 5X brick. O principal ingrediente deste químico é o ácido oxálico ou o potássio de oxalato.

O polimento de fábrica é criado pela transformação química da superfície da pedra com um chorume acídico de 5X brick. Esta alteração muda microns da superfície de carbonato de cálcio para oxalato de cálcio.

Manter pavimentos de pedra polida com compostos de ácido oxálico produz usualmente bons resultados e é um método largamente aceite no meio profissional. No entanto, este tipo de produtos pode ter efeitos adversos em pedras verdes ou marron. Estes compostos tentem, também, a acumular na superfície quando sobre usados.

Em muitos casos, a acumulação ocorre mais rápido que no processo de cristalização. Além disso, por comparação com a cristalização, este processo pode ser mais demorado, sujo, e produzir mais detritos.

IR AO ENCONTRO DAS NECESSIDADES DO CLIENTE

Todos sabemos que é impossível o polimento de fábrica durar para sempre, sob o tráfego intenso de calçado. Portanto, estes métodos foram criados para preencher uma necessidade para os que pretendiam uma solução para o seu problema.

Tanto a cristalização como os compostos de ácido oxálico alcançam resultados muito similares. Ambos criam uma reação química e alteram a composição da superfície de contacto da pedra, e ambos alcançam um alto grau de reflexividade na superfície da pedra. Dependendo da situação, um pode ser mais adequado que o outro.

Mas nenhum processo é o melhor para tudo. Estes dois métodos consistem apenas em porções de um programa de manutenção para superfícies de pedra polida. No final, quando se procura um programa completo de manutenção para pedra natural, sugeriria que solicite marcas sobejamente conhecidas e bons resultados comprovados com décadas de evidências historicamente comprovadas, e suportadas por pessoal bem treinado e qualificado de empresas familiarizadas com pedra natural e a indústria da pedra.

Esperamos ter ajudado. 




segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Onde aplicar decking


No artigo anterior explorámos os materiais utilizados em decking. Nós preferimos o material compósito por vários motivos:
- não necessita praticamente manutenção. Um lavagem de tempos a tempos com hipoclorito de sódio diluído em água para eliminar bolores e líquenes que se estejam a alojar é suficiente, de resto basta projetar água e escovar quando estiver mais sujo;
- é feito de materiais reciclados, madeiras e polímeros, pelo que se enquadra numa economia sustentável. As madeiras nobres, por outro lado, são maioritariamente extraídas sem replantação, sendo uma indústria que contribui para a deflorestação e, consequentemente, para o efeito de estufa do planeta.
Enquadra-se, portanto, na nossa política ambiental que objetiva a redução da pegada ambiental das nossas atividades. Além disso, é versátil, elegante e fácil de instalar.
Mas onde se aplica decking? O termo deck tem origem na indústria náuticadeck é o ou os convés dos navios, consiste na pavimentação do navio, tradicionalmente elaborado em pranchas de madeira longitudinais.
Convés superior da fragata D. Fernando
De madeira ou compósito o decking pode ser usado com diversos fins: 
como componente de paisagística num jardim:


como prolongamento de áreas habitacionais de casas,
como alternativa de pavimentação de pátios:
como pavimentação de praia de piscina:
Os deckings residenciais compreendem frequentemente áreas para cozinhar, para refeições e para lazer. As áreas para cozinhar devem estar localizadas perto da porta para o interior e em simultâneo sem atrapalhar as áreas de circulação; as áreas de refeição incluem mesa. Para uma mesa de exterior para 6 pessoas será ideal uma área mediana de 4x5 m, ou superior. Se há disponibilidade de espaço deve ponderar-se uma área de lazer com sofás e bancos de exterior.



Um deck residencial é, em geral, uma plataforma em madeira construída acima do pavimento, ligada à habitação. Pode ser circundado por um corrimão para efeitos de segurança, ou não, dependendo da configuração do espaço. O acesso é feito pela casa, pela porta, ou do pavimento, com ou sem escadas, novamente dependendo da configuração do espaço e do deck. As áreas de deck podem ser construídas em terrenos inclinados ou terreno irregular que são, de outra forma, áreas não utilizadas. Pode adicionar-se um telheiro ou dossel ou uma pérgola para produzir áreas de sombra.

Dossel ou telheiro
Pérgola
















A arquitetura típica de decks é ou sobre postes ou vigas ou em cantiléver, se de plano elevado relativamente ao solo ou em superfícies clivadas, ou sobre sarrafos se diretamente estruturado sobre o pavimento, desde que se trate de uma superfície plana, mais ou menos nivelada e regular. Os primeiros designam-se por deck estrutural, normalmente são desenhados por um arquiteto ou engenheiro civil e requerem um construtor com experiência em decks estruturais; os segundos são de execução relativamente fácil, principalmente se forem soluções em materiais compósitos, bastante versáteis e fáceis de instalar.

Um deck é, também, a superfície usada na construção das tão típicas passadeiras de madeira (boardwalk) das praias, suspensas ou não. 

























Porém, o advento das soluções de deck em material compósito, trouxeram, também, soluções de aplicação bastante versáteis. Cada vez é mais frequente ver aplicações de deck em paredes exteriores e interiores, em soluções que produzem uma ambiência única e esteticamente muito agradável. O minimalismo a mimicar as casas tradicionais em madeira, como é patente na foto abaixo:

Trabalhamos com a IHT já há algum tempo e gostamos da solução. Existem outras, é certo, mas esta é portuguesa e tem soluções que imprimem uma grande versatilidade ao deck. Em seguida apresentamos duas soluções que nos foram pedidas por clientes, desafios que aceitámos e cumprimos!



Transformação de um espaço de pátio fechado, em desnível com os terrenos envolventes de vizinhos. Objetivo: cobrir uma parede que, pesem embora as várias tentativas de evitar as infiltrações provenientes do terreno do vizinho em cota superior em cerca de 2,5 m, nunca foi possível eliminar o salitre e as consequentes bolhas de tinta e esfarelamento superficial do barramento da parede. Essa parede encimava uma floreira corrida interrompida por dois respiradouros da garagem no piso subterrâneo. Eis a solução:



Outro cliente desafiou-nos para outra solução: neste caso foi a restruturação integral do espaço exterior da moradia. Neste caso, um relvado escalracho envelhecido, emoldurado por um deck em pinho de estrados, muito envelhecido, com uma área de churrasco e de refeição, alguma vegetação, na qual se enquadrava uma desproporcional yuka pata-de-elefante eram o desafio.






O espaço era este:
A ideia era restruturar, dando harmonia ao espaço, integrando um jacuzzi e uma área de chuveiro, ambos integrados no decking. A solução foi a seguinte:


Esperamos ter ajudado.
Se tem uma área em casa ou logradouro que queira cobrir e embelezar, contacte-nos. Podemos ajudar!