segunda-feira, 23 de março de 2020

Mosaico Hidráulico, ilustre desconhecido! Instalação e tratameto.


Agora que já nos familiarizámos com o processo de fabrico do mosaico hidráulico, já estamos aptos a compreender as suas vantagens e desvantagens. Sobre este assunto específico faremos um artigo dedicado. No entanto, para o assentamento, precisamos estar cientes de algumas das desvantagens.




Por exemplo: 

-é muito fácil rachar ou partir um mosaico hidráulico durante a manipulação; 
-os cantos são muito suscetíveis de partir se não forem manipulados com cuidado;
se o assentamento não for bem feito e existam desníveis entre os vários mosaicos, dará origem a quebras de cantos e desgaste prematuro;
-não se pode economizar no cimento cola, fazendo o que se faz de forma frequente, aplicando apenas no meio do mosaico e esperar que com a pressão se espalhe para as periferias. Os cantos, pontos mais afastados do meio ficarão em falso e, com a pressão do uso, partir-se-ão; 
-é susceptível a ataques químicos de substâncias de pH ácido;
requer pré-hidrofugação antes da execução das juntas.

Qual o processo de assentamento e tratamento? 

Em primeiro lugar, observemos porque se fala em tratamento em simultâneo com o assentamento. Não deveria ser tratado depois de assente? Pois é, não! O mosaico hidráulico é elaborado em cimento e o cimento é poroso. Imagine um frasco cheio com pequenos grãos de areia de granulometria diferente misturados. O que acontece quando adicionamos água? A água vai preencher os espaços vazios entre as pedras. O processo é exatamente o mesmo com o mosaico hidráulico, em proporção quase microscópica. Com a agravante de se tratar de cimento pigmentado com cores diferentes. Depois de assente o mosaico tem de levar massa de junta para acabamento das juntas. Como as juntas do mosaico hidráulico têm, em geral, entre 1 a 2 mm de espessura, a massa de junta utilizada é muito fina, sem areias, de tal modo que as pequenas partículas desta se aloja nos poros do cimento do mosaico, alterando o aspeto e podem, inclusivamente, penetrar por transferência, isto é, navegar pelos capilares e espaços vazios, transportados pela água que penetra nestes espaços. 

O que fazer, então? 

Existem dois ou três momentos para fazer tratamento do mosaico hidráulico:

pré-hidrofugação depois do assentamento, antes de fazer as juntas;

hidrofugação depois do rejuntamento.

Pode existir ainda outra etapa adicional de tratamento, melhor: de pré-tratamento, que depende das condições da base onde vai ser assente. A base tem caixa de ar? Existem infiltrações provenientes do subsolo? A humidade ou água existente no solo encontrará o seu caminho através da estrutura do cimento cola e do mosaico e aparecerá na superfície. Com ela arrastará os sais hidrossolúveis (hidróxido de cálcio, entre outros…) existentes quer no subsolo, quer no cimento cola e no mosaico hidráulico. Estes sais reagem em contacto com o anidrido carbónico existente na atmosfera, originando cristais de carbonato de cálcio.
Assim, nesta fase, existem dois caminhos: ou se procede a um correto isolamento da base para prevenir as infiltrações ou se faz uma pré-hidrofugação do lado avesso do mosaico. Sendo a primeira opção preferível. Por vezes, por constrangimentos financeiros, a segunda é mais exequível. Note que é bom selecionar um excelente hidrofugante nestes casos pois a base do mosaico é mais porosa que o lado ornamental, precisando de um hidrofugante de boa qualidade, preferencialmente, à base de silicatos, pois só pode ser feito uma vez!

Agora que temos isto estabelecido, observemos o processo de assentamento: 

O que precisamos: 











Iremos precisar de cimento cola de boa qualidade: Existem muitos, basicamente com duas características: de secagem rápida e lenta. Normalmente os primeiros são utilizados em capeamento de paredes, mas podem ser usados nos pavimentos em algumas condições.









Precisaremos de um pré-hidrofugante: Para proteção do mosaico contra as alterações provocadas pela massa de junta. Um conselho: evitar cores muito escuras, dar preferência a tons cinza ou branco.












Precisaremos de um hidrofugante para o tratamento final: Este irá proteger por um período mais ou menos longo a estrutura do mosaico contra penetrações de líquidos, nomeadamente os pigmentados. 
Se for uma área de refeições ou cozinha ou casa de banho é necessário complementar o tratamento com um produto protetivo anti mancha. No caso do mosaico hidráulico é preferível manter o aspeto natural, mas isso depende do gosto de cada um e do seu gosto pessoal. 

Cimento de junta: deve ser específico para juntas finas (2 a 10 mm) e pode ser hidrofugada ou não. Como reforço, pode usar-se hidrofugada (atenção que seca mais rápido). Se não existe essa necessidade usar argamassa de junta normal. 
Colher de pedreiro ou ladrilhador

Balde de ladrilhador                           
Balde ladrilhador
Talocha de ladrilhador








Esponja ladrilhador







Nível de bolha de ar










Procedimento:

Como vimos, o mosaico hidráulico tem uma beleza e fragilidade específica e, por isso, deve ser tratado de forma distinta da cerâmica regular no assentamento. 

1- É essencial a preparação da base de assentamento, ou seja, a superfície onde irá ser colocado. Em caso de humidades ascendentes já sabemos o que há a fazer. Não havendo, assegurar que a base cimentícia (se for o caso), esteja seca, limpa e nivelada.






2- Proceder à marcação da primeira carreira de mosaico. Esta vai ser a matriz a partir da qual se
assenta todo o restante pavimento. Deve ficar à esquadria relativamente à parede principal (origem) e a nível. De notar que se torna necessário, para que o acabamento seja o melhor, perceber como se irá assentar o mosaico. Isso depende do lay out da divisão ou do desenho do próprio mosaico. Como exemplo, é frequente colocar mosaico com motivo no centro da divisão e fazer uma moldura com mosaico monocromático na periferia. Neste caso termos de encontrar o centro geométrico da divisão e traçar a orientação da carreira matriz. Novamente, atenção à esquadria para não acabarmos com um pavimento bonito mas “torcido”!

3- Verificar o mosaico hidráulico para separar, desde logo, as peças com defeitos de fabrico ou imperfeições. Estas poderão ser usadas para os recortes ou, inclusivamente, para devolução ao fornecedor na eventualidade de ser uma margem grande que impossibilite a seleção. O mosaico deve ser mantido no interior e em local seco antes do assentamento. Permitir ao mosaico aclimatar-se à divisão por 24 horas antes de iniciar o assentamento.




4- Assentamento. O mosaico hidráulico enfatiza a beleza do seu pavimento com as suas naturais variações de tonalidade e cor. É recomendável fazer uma simulação da colocação a seco do mosaico para simular, desde logo, o aspeto final pretendido. Isto é particularmente importante em mosaico padronado.

4.1- Limpar todos os ladrilhos com uma esponja húmida para remover possíveis excessos de cimento. Em seguida, remova os mosaicos numa sequência predeterminada, correspondente à sequência em que vão ser assentes. Desta forma garantirá a reprodução do que simulou no ponto anterior. 

4.2- Espalhe o cimento cola de forma uniforme e em linhas direita na base e espalhe com a espátula de ladrilhador.


















Certifique-se que todos os ladrilhos irão ficar totalmente assentes no cimento cola, sem áreas em
falso.







4.3- A espessura dos mosaicos pode variar, por isso coloque também uma camada de cimento cola no inverso do mosaico. Assente-o gentilmente com o auxílio de um nível e suaves movimentos e pressão das mãos. Não usar macete para assentar mosaico hidráulico!















4.4- Depois de ajustar o mosaico na posição e nível, inserir os espaçadores para assegurar que as juntas permanecem aproximadamente com a mesma espessura. Isto garantirá em simultâneo numa conformidade da harmonia dos padrões de uns ladrilhos com os seguintes, sem desvios





4.5- Remover excessos de cimento cola das linhas de junta com o auxílio de uma espátula, enquanto está fresco. Deixar secar e remover espaçadores.







5- Hidrofugação e rejuntamento.

5.1- Antes de aplicar a argamassa de junta, proceder à pré-hidrofugação dos mosaicos com um hidrofugante impregnante.









Note que, pese embora, nas nossas ilustrações o impregnante é derramado sobre o mosaico e espalhado com um pano, recorde que isto é apenas uma demonstração. Na prática, as áreas são de grande dimensão e recorre-se, para o efeito, de um balde específico com escorredor e aplicador de peluche adequado para o efeito.

Deixar secar durante 24 horas.





 5.2- Aplicar uma argamassa de junta sem areia, fina, portanto. Evitar o preto e as cores escuras, pois seguramente prejudicarão o aspeto final. Note que, pese embora se tenha aplicado o hidrofugante penetrante, a superfície de contacto tem poros abertos nos quais se vão alojar as partículas de argamassa. Veja a imagem do início deste artigo como exemplo.

5.3- Remover o excesso de argamassa imediatamente com uma esponja molhada. Não deixar que a água usada permaneça ou forme pequenas poças sobre o mosaico. Deixe secar por 24 horas.








5.4- Hidrofugação:
Varrer ou aspirar o pavimento para remover partículas soltas de argamassa. Pelo mesmo processo, aplique hidrofugante impregnante sobre o pavimento. De novo, deixe secar por 24 horas.







A ilustração é apenas demonstrativa. O procedimento é o mesmo que na hidrofugação, desta vez, tendo especial atenção com as juntas.

Nota importante: o hidrofugante não é permanente e sofrerá desgaste com o uso. É determinante proceder à hidrofugação periódica do pavimento. Áreas de tráfego mais intenso necessitarão de reforço com maior periodicidade. Não existem fórmulas mas o razoável. Como referência, sugiro hidrofugar em áreas de tráfego pouco intenso a cada dois anos, e em áreas de maior utilização, anualmente. Note que estamos apenas a dar uma referência!




5.5- Se a área se destina a ser um espaço de refeições ou de preparação de refeições, é seja boa ideia
aplicar um protetor anti mancha. Não se poupe a esforços e despesas porque depois sairá muito mais caro e sem bons resultados. Mais vale prevenir!

A Fila tem uma vasta gama de produtos de tratamento que irão ao encontro do que necessita. Se tem dúvidas, não hesite em nos perguntar, teremos todo o gosto em o guiar com um simples questionário. O tratamento anti mancha complementa o hidrofugante porque protege a superfície de contacto e os poros abertos do tingimento por derrame de gorduras ou líquidos pigmentados, como sumos ou vinhos.

Para finalizar o processo, e sempre tendo em conta a finalidade do espaço em questão, interior ou
exterior, casa-de-banho, cozinha, etc. Pode dar o acabamento que quiser: mate, efeito molhado, realçar a cor, brilho acetinado, brilho intenso, é só escolher. Precisará da ajuda de um profissional. É para isso que cá estamos!

Para qualquer esclarecimento não hesite em nos contactar. Informamos das várias possibilidades a seguir, orçamentamos sem custo ou compromisso. E executaremos com profissionalismo a recuperação e/ou tratamento das suas superfícies!


Próximo artigo: Mosaico hidráulico, ilustre desconhecido! Lavagem e manutenção.






domingo, 23 de fevereiro de 2020

Mosaico Hidráulico, Ilustre Desconhecido! Fabricação.

Mosaico hidráulico – Fabricação


O mosaico hidráulico tem, pelas suas características, um processo de fabrico altamente artesanal. Isso significa que, ao invés do que acontece com os processos industriais, todas as peças são únicas e irrepetíveis. Essa é uma característica que o torna extremamente atrativo. É frequente o cliente procurar peças com algumas imperfeições, reflexo do seu processo produtivo totalmente manual.

Um único operador executa a produção do mosaico até à saída da prensa. E só consegue produzir num dia 4 m2 de mosaicos. Significa, na prática, que não produz mais que 25 unidades em 8 horas de trabalho. A margem de desperdício é significativa pois o mínimo erro inutiliza a peça. Se achar que o mosaico hidráulico é caro, entre 40 € a 60 €/m2, pense nos detalhes que acabei de lhe dar… compare com o preço de muitos dos produtos similares de produção industrial, nomeadamente nas imitações do mosaico hidráulico que se encontram no mercado a preços similares. 

Para compreender as características, limitações e qualidades deste material analisemos o seu processo produtivo em detalhe: 

 Materiais para a produção:

Cimento Portland:

 Cimento Portland branco:
Pigmento para cimento:

É uma gama de pigmentos em pó de alta qualidade baseado em óxido de ferro para colorir materiais de construção cimentícios;
Os pigmentos estão disponíveis em diferentes tons das cores amarela, laranja, vermelho, castanho e antracite, etc;
O pigmento tinge a estrutura do betão homogeneamente e permite uma fácil distribuição do pigmento na mistura de betão. Este processo garante um esquema de cor regular e reproduzível, com brilho de cor intenso.



Equipamentos para a produção:

Prensa:



A prensa pode ser mono posto ou ou com dois postos de trabalho, esta segunda permite rentabilizar o tempo de utilização da prensa e reduzir custos. É sobre a bancada de preparação que se dão as operações de execução do mosaico. Os materiais e ferramentas ficam em repouso em bancadas auxiliares em ambos os lados do posto de trabalho ou apenas de um lado, com níveis. Por exemplo, no nível superior os cimentos e almotolias, no inferior, as ferramentas de limpeza do separador, óleo e aplicador, etc. 

Molde: 


O molde é composto por 3 componentes, a ver: 






 A base:

A base é a forma base do mosaico. Na imagem podemos ver uma base quadrangular 20x20, dimensões-padrão do mosaico hidráulico. E em aço inoxidável polido na superfície de contacto com o cimento.  Aço é um material inócuo que não agarra os materiais, facilitando a separação do mosaico, como veremos mais adiante. Tem uma pega para a inserção e extração do conjunto sob a área de trabalho da prensa.

O bastidor ou moldura:

Esta componente do molde é o que cinge o cimento e lhe dá a forma, como iremos ver. É colocado
em torno da base e cingido com o mecanismo de aperto que se vê na imagem.







O batente:

Esta componente assenta sobre o preparado do mosaico. Com o seu peso exerce logo uma pré-
pressão sobre o conjunto, antes da inserção na prensa.


Separador:

O separador é uma componente executada em chapa, soldada com a reprodução do desenho pretendido do mosaico. Nos compartimentos é introduzido o cimento pigmentado de acordo com o desenho previamente estipulado.








Observemos, então, o processo de fabrico:

Operações de preparação:

Preparação do cimento pigmentado:


Mistura-se o cimento com água em proporções bem determinadas e adiciona-se o pigmento com o mesmo critério. O cimento tem de ficar com muito pouca viscosidade para que possa ser facilmente derramado nos compartimentos adequados do separador.









Limpeza do separador:

Esta é uma operação que tem de ser executada por cada mosaico produzido. Os restos de cimento já em processo de hidratação são eliminados desta forma. Se não fosse feito, dar-se-iam misturas de pigmento, ou seja, passagem de cimento de um compartimento para outro por baixo do separador. Este tem de ficar completamente apoiado na base, sem folgas. Passa-se uma lima fina na parte de baixo e, em seguida é friccionado numa base levemente abrasiva para garantir o nivelamento integral do separador.












Limpeza do bastidor/moldura:

Com uma trincha, eliminam-se resíduos de cimento e pó de cimento. 





Limpeza da base:

Fricciona-se a base do molde com uma lã de aço fina para eliminar possíveis resíduos resultantes da execução do mosaico anterior.

Operações de execução do mosaico:

Lubrificação da base:

Derrama-se um pouco de óleo sobre a base e, com auxílio de uma almofada, espalha-se por toda a base, garantindo que toda a superfície é homogeneamente lubrificada.









O objetivo é impedir que o cimento se agarre à base e, no momento da separação, porções de cimento se separem do mosaico, o que resultaria em refugo. 




Inserção do bastidor/moldura e aperto:

Insere-se o bastidor em torno da base e aperta-se.



Inserção do separador:

Insere-se cuidadosamente o separador no interior do molde, assegurando que fica totalmente apoiado na base.

Preenchimento dos compartimentos:

Com uma almotolia ou colher com desenho específico para esta operação, preencher os compartimentos com as cores previstas no padrão. Esta operação é extremamente delicada pois um engano inutiliza o mosaico. O cimento pigmentado deverá formar uma camada de aproximadamente 3 a 4 mm. Na prática resultam diferenças na espessura do cimento pigmentado de compartimento para compartimento.





Distribuição do cimento pigmentado:

Uma vez preenchidos os compartimentos, o operador abana o molde com movimentos repetitivos para que se produza uma distribuição homogénea do cimento e forme uma camada mais ou menos homogénea.


Remoção do separador:

Cuidadosamente, o operador remove num movimento lento e vertical mas firme.




Padrão estabelecido:

Preparação da base cimentícia:

Com um crivo, distribuir uma camada mais ou menos homogénea de cimento Portland. Esta camada vai catalizar o processo de hidratação do padrão, estabilizando-o.

Execução da base:

Manualmente colocar uma porção de cimento Portland sobre o conjunto e espalhar, assegurando que os cantos são preenchidos.













Nivelamento da base:

Com uma régua niveladora, distribuir o cimento de forma uniforme, passando a régua de um lado ao outro e no sentido inverso, eliminando excedentes.








Esta régua tem recortes nos dois extremos que permitem assegurar que o mosaico fica com a mesma espessura em toda a superfície.

Colocação de batente:

Colocar o batente cuidadosamente sobre o conjunto. Esta operação tem de ser feita com cautela para assegurar que toda a superfície do batente entra em contacto com o mosaico em simultâneo e lentamente para deixar que o ar acumulado entre as partículas de cimento saia e não fique aprisionado.



Prensagem: 

Deslizar o conjunto para a área de prensagem, posicionar no ponto de prensagem e acionar a prensa. 



Desmontagem do molde:

Remover molde da área de prensagem, desapertar a moldura e removê-la.

Remover o batente:
Separar mosaico da base:

Levantar o conjunto base e mosaico, colocar em plano vertical e, com cuidado, deixar que a gravidade e pressão exercido pelos dedos separe o mosaico da base. Esta operação tem de ser feita com cautela pois o cimento ainda não está hidratado e, logo, podem separar-se pedaços nesta operação.



O mosaico está pronto para os procedimentos de cura:
Lavagem de cura:


Esta operação objetiva remover rebarbas existentes do processo de fabrico e molhar o mosaico para auxiliar a hidratação/cura.


Cura:

O mosaico é armazenado de forma a que o ar possa circular por todas as superfícies durante 3 semanas, tempo para a hidratação completa do cimento. Só então fica pronto para embalar e expedir para o cliente.

Pelo exposto, é fácil perceber que todo o processo produtivo se reveste de riscos iminentes de produção de refugo. É um processo lento, pleno de pontos de risco que oneram o preço final do mosaico. 

Em contrapartida, cada mosaico é único: pequenas variações nos desenhos do padrão imprimem essa originalidade a cada mosaico, carimbo de um processo totalmente artesanal, reflexo de um passado numa sociedade moderna mecanizada, homogeneizada, desumanizada. 

É aqui, independentemente da beleza dos padrões, que reside a riqueza deste produto. É um reflexo humanista numa sociedade de automatismos cada vez mais presentes. 

Por isso se enquadra no estilo arquitetónico pós-modernista Minimalista tão em voga: é um grito de revolta contra o convencionalismo, a modernização, a ostentação, refletindo por oposição a simplicidade, o retorno ao humano, ao artesanal, ao funcional, sem pretensões de grandiosidade, mas com uma inequívoca beleza estética.


No próximo artigo abordaremos a aplicação de mosaico hidráulico e o seu tratamento.

Para qualquer esclarecimento não hesite em nos contactar. Informamos das várias possibilidades a seguir, orçamentamos sem custo ou compromisso. E executaremos com profissionalismo a recuperação e/ou tratamento das suas superfícies!