Os pavimentos em rocha
ornamental adicionam estilo e elegância à sua casa, mas é essencial uma
manutenção adequada para garantir a sua longevidade. Causticação, nódoas,
sulcos e arranhões são evitáveis se for tomado cuidado adicional e proteger o
pavimento dos seus convidados, animais domésticos e dos elementos. Eis a lista
das seis coisas mais importantes de evitar para preservar pavimentos em pedra
natural:
. deixar
gelo, neve e lama secar no pavimento
.
utilizar substâncias ácidas (pH 0 – 6) para limpar o pavimento
. deixar
copos sobre os tampos de mesas e balcões sem uma base apropriada
. usar
cadeiras sem proteções em feltro
. deixar
animais domésticos (sobretudo jovens) permanecer sem vigilância.
. deixar
sacos de lixo a repousar sobre o pavimento.
Por muito
cuidado que se tenha os acidentes acontecem e são inevitáveis, e nessa altura é
necessário saber o que fazer. Todos os derrames ou resíduos provenientes de
qualquer origem nunca devem permanecer sobre o pavimento. Porquê?
Em
primeiro lugar a maioria dos pavimentos em pedra natural, em cerâmica -
terracota, por exemplo - e mosaico hidráulico, não são previamente tratados com
hidrofugantes e óleo repelentes antes e depois do assentamento. Porque é que
isso acontece é tema para outro artigo. Por hora partamos desse princípio.
Existem
duas formas básicas de verificar se uma pedra foi ou não hidrofugada:
1- por
observação:
perceber
se foi aplicado algum tratamento com película, isto é, se a pedra foi revestida
com um hidrofugante superficial ou impregnante com película de acabamento.
Existem centenas de tratamentos hidrofugantes no mercado destinados aos fins
mais variados e a materiais distintos. No entanto, torna-se frequentemente
difícil perceber a olho nu se a pedra está ou não hidrofugada. Quando assim é,
usa-se o segundo processo complementar;
2- teste
de água:
Derramam-se
algumas gotas de água sobre o pavimento e observa-se o seu comportamento. Se as
gotas se mantiverem coesas sem irradiar o pavimento está, certamente,
hidrofugado
(veja
imagens); se irradiarem pode ainda estar presente um hidrofugante. Aguarda-se
cerca de 1 a dois minutos e remove-se as gotas com um pano seco ou papel absorvente.
Esperar mais um minuto ou dois. Se persistir uma mancha mais escura no local da
gota é porque houve infiltração da água nos poros e capilares da pedra. O
pavimento não está hidrofugado.
Pode
fazer-se o mesmo teste (2) para o óleo repelente. Seleciona-se um canto ou uma
área de pouca visibilidade e derrama-se um pouco de azeite. Aguarda-se e
remove-se com papel absorvente. Se ficou mancha é porque não está presente o
óleo repelente.
Quando se
deve optar por um selante óleo repelente? E pode ser usado em combinação com um
hidrofugante?
Os óleo
repelentes devem ser aplicados em áreas sujeitas a derrames de resíduos
impregnados com gorduras e solutos com alguma viscosidade. Por exemplo, nas cozinhas,
nas áreas de churrasco, nas salas de jantar. O óleo repelente não estanca
totalmente a pedra à água, mais fluida. Portanto, a combinação de um óleo
repelente com um hidrofugante é sempre recomendada. Existem no mercado soluções que garantem ambos os tratamentos com um único soluto de tratamento. Consulte-nos!
Há ainda
outro fator de importância vital que não deve ser negligenciado: todas as
rochas são porosas, sem exceção. O grau de porosidade depende da origem da
rocha – sedimentar, metamórfica ou vulcânica – e da sua estrutura molecular e
do processo de formação, isto é dos minerais que a constituem e a forma como se
dá a sua consolidação. As pedras sedimentares ( tipo pedra calcária ou arenito)
são as mais sensíveis a infiltrações
dada a sua constituição e processo de formação (vide os artigos sobre
rocha no menu Serviços e soluções – Dicas Úteis).
Este tipo
de rocha no exterior está permanentemente exposta aos elementos e esporos de
fungos e algas que se podem fixar nos seus poros e dar origem a fungos, limos e
líquenes. A rocha exposta a estes contaminantes por períodos longos escurece e
acelera o processo erosivo.
No
interior, dependendo dos processos de lavagem, os quais se fundamentam na
presença de água, e do arejamento dos locais, estas rochas estão sujeitas a
infiltrações que irão permanecer por períodos mais ou menos longos. Como é
sabido, as águas estagnadas proporcionam um excelente ambiente para a
proliferação bacteriana e fungos. O resultado é o escurecimento dos poros e a
decomposição acelerada da rocha resultando na ampliação dos poros existentes e
geração de novos.
A
presença continuada de infiltrações de águas na rocha tem, também, outra
implicação muito frequente: as rochas e as massas e cimentos utilizados na
construção civil têm sempre a presença de sais, geralmente de origem alcalina -
compostos por sulfatos e carbonatos de sódio, potássio, cálcio, magnésio
e alumínio - que
tendem a eflorescer, transportados pelas águas através dos capilares. Estes
sais em contacto com o oxigénio e pela evaporação da água cristalizam. Os mais
vulgares são designados por salitre e toda a gente já teve esse problema em
casa. Os efeitos do salitre é a decomposição molecular da rocha,
desintegrando-a em pó. É sabido como se dá a sedimentação da rocha na natureza.
Em áreas geográficas onde existe a presença
de chuva e temperaturas muito baixas a água infiltrada congela e expande,
criando pressões internas na rocha que eventualmente resultam na sedimentação.
O processo com os sais eflorescentes é fundamentalmente o mesmo.
Em
conclusão, a hidrofugação e tratamento óleo repelente é um “must” em qualquer pavimento,
parede, tampo ou balcão que possa estar sujeito a este tipo de agressões. Por
muitos cuidados que se tenham existe sempre um descuido e o acidente acontece.
E abordamos materiais que têm uma presença prolongada nas nossas vidas!
O
primeiro passo para proteger a pedra do seu pavimento ou parede, tampo ou
balcão, de contaminantes por penetração é a hidrofugação. Evitar a penetração
dos contaminantes na estrutura da pedra é o passo mais importante pois, na
maioria dos casos a penetração é significativa porque não é logo detetada,
revelando-se os seus efeitos por vezes meses depois de ser iniciado o processo
de infiltração. E não existe removedor de manchas que consiga eliminar
totalmente as nódoas resultantes, muito menos se torna possível a reestruturação
molecular da rocha.
O tipo de
acabamento e de hidrofugante, a melhor seleção são opções para as quais existem
os profissionais. Consulte-nos. Se a pedra está danificada, ou é nova ou está
ainda por assentar, é melhor hidrofugar. A prevenção é sempre a melhor política
e coloca-nos dinheiro no bolso ao evitar intervenções onerosas de restauro ou
pura e simplesmente a substituição de todo o material por novo.
Temos um
leque de soluções aplicáveis a todo o tipo de rocha e às várias situações que
possa ter. Exterior, interior, com muito tráfego, em casa-de-banho, cozinha,
etc.
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